terça-feira, 6 de novembro de 2012

ESPECIAL SUPERLIGA: Nalbert abre série dos grandes personagens da história

No dia 23 de novembro, entra em cena a 19ª edição da Superliga, principal competição do voleibol brasileiro. Nesta já longa trajetória, inúmeros personagens com muita história para contar. E o primeiro a relatar sua experiência nesta série especial que se inicia hoje é Nalbert, que disputou nada menos do que seis temporadas da Superliga.
O curioso é que as edições que ele guarda com mais carinho são justamente a primeira (1994/1995) e a última (2004/2005) das quais participou. E, no caso, não tem como ele não começar pelo fim ao entrar nesse túnel do tempo. Afinal, sua despedida foi com chave de ouro, literalmente.
“Com certeza, a maior lembrança que eu tenho da Superliga foi a última que disputei. Depois de cinco temporadas fora do Brasil, o Banespa, mesmo clube que me deu uma grande oportunidade no início da carreira, me repatriou, em 2004, e acabei campeão na minha despedida. E que série final foi aquela contra o Minas!”, exclamou.

Nalbert se refere à decisão entre Banespa/Mastercard (SP) e Telemig Celular/Minas (MG). Foi preciso um quinto jogo, em um Mineirinho lotado, para definir o campeão daquela edição. E quis o destino que o jogador que defendeu todas as seleções brasileiras por 17 anos conquistasse aquele título.“E nem éramos apontados como favoritos no início da competição. Conseguimos ganhar aquele título com um time de garotos. Tinha o Filipe, hoje no Sada Cruzeiro, o Rivaldo, hoje no Medley/Campinas... Eu estava com 30 anos. Depois de mim, o mais velho tinha 24. Os demais, 21 ou menos, praticamente todos revelados pela peneira do Banespa. Fechamos aquela série final em 3 a 2. Que despedida!”E foi o Banespa, como o próprio Nalbert ressaltou, que o tirou do Minas, em 1994, para a disputa da primeira Superliga da história. Uma época gloriosa do voleibol brasileiro, dois anos depois da conquista da inédita medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Barcelona. Nesta fase, inclusive, em 1993, o garoto Nalbert era convocado pela primeira vez para a seleção adulta.“O que mais me marcou naquela primeira Superliga foi a volta dos chamados Golden Boys (meninos dourados) para o país, num projeto do Banco do Brasil. Maurício e Marcelo Negrão vieram jogar no Olympikus/Telesp; o Giovane, no Palmeiras/Parmalat; o Tande, no Flamengo/Petrobras; o Carlão, no Frangosul/Ginástica... E, com o retorno dessas feras todas, o campeonato foi super divulgado e badalado”, comentou.Nalbert aponta seus favoritos para atual temporadaCom currículo invejável e, portanto, gabarito para falar sobre voleibol, não tinha como Nalbert não dar os seus pitacos sobre a temporada que se aproxima. Ele garante que o equilíbrio, hoje, é muito maior do que na sua época de jogador, quando a briga pelo título, segundo ele, ficava praticamente restrita a duas equipes.“Hoje, vejo um leque maior de times que lutarão pelo título. Se uma equipe conseguir encaixar uma boa sequência, mesmo não sendo vista como favorita, pode chegar longe. No masculino, destaco Sesi-SP, RJX e Sada Cruzeiro como as maiores forças. Chegam com igualdade de condições. Logo atrás, Vivo/Minas e Medley/Campinas, que vão incomodar”, avaliou.No naipe feminino, Nalbert, que hoje é comentarista do SporTV, embaixador do Banco do Brasil, estudante de marketing esportivo e palestrante, fez uma divisão um pouco mais acentuada para destacar os seus favoritos.“Divido a Superliga Feminina em três níveis. O Sollys/Nestlé aparece no primeiro, favorito absoluto, com a base da seleção. No que diz respeito a plantel, acho que está à frente da Unilever, que aparece num segundo nível ao lado do Vôlei Amil, do Zé Roberto. Colocaria o Sesi-SP num terceiro bloco”, analisou Nalbert.

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