Ary Graça faz excursão na África e participa de congresso histórico da confederação local
Uma das metas da Federação Internacional de Voleibol (FIVB) em sua atual gestão é o desenvolvimento do esporte na África. Por isso, o presidente da instituição, o brasileiro Ary Graça cumpriu, na última semana, uma série de compromissos em Ruanda, que sediou o Congresso Anual da Confederação Africana, entre 7 e 8 de dezembro. Em seu discurso de abertura, Graça destacou a importância do continente para o esporte.
“Não há como o vôlei ser o segundo esporte mais popular do mundo sem a participação da África neste processo. É um grande continente, com bom desempenho em outros esportes, e será grande também na nossa modalidade”, disse o presidente.
Para Ary Graça, que antes de assumir a presidência da FIVB já coordenava projetos com o intuito de expandir a modalidade no continente, o principal instrumento de disseminação tem sido o vôlei de praia.
“A Continental Cup do vôlei de praia foi uma ideia brilhante que espalhou o esporte por todos os 53 países africanos. Foi um projeto pensado para o desenvolvimento do vôlei de praia que ajudou a prática do esporte em muitos países pelo mundo. Está claro que a modalidade funciona bem na África porque mandamos nossos representantes em cada local passar o conhecimento adiante antes de cada competição”, comentou Ary Graça.
Entre os compromissos no país, um momento de comoção: a visita ao Memorial do Genocídio de Kigali. Em 1994, entre 500 mil e um milhão de pessoas foram assassinadas em razão da guerra civil entre dois grupos étnicos de Ruanda, os Tutsis e os Hutus, o que representou uma diminuição de 20% da população do país.Ary Graça, que é o presidente licenciado da CBV, depositou flores em homenagem às vítimas da tragédia.
Hoje, 19 anos após o fim dos confrontos, o vôlei de Ruanda se desenvolveu e já aparece com destaque nas categorias infanto-juvenil e juvenil, inclusive com participações em mundiais. A maioria dos atletas que defendem a seleção do país nasceu durante ou logo após o genocídio.
Um encontro com o primeiro ministro ruandês, Dr. Pierre Damien Habumuremyi, fechou a agenda de compromissos de Ary Graça em sua visita ao país africano. O vôlei na África teve um aumento de popularidade nos últimos três anos, principalmente com o auxílio das redes sociais e do marketing. E, na opinião do presidente da FIVB, este crescimento ainda continuará.
“Meu trabalho na África começou anos atrás, antes mesmo de eu me tornar presidente da FIVB, e ele continuará até que nós alcancemos nossas metas. O mais importante agora é ter metas, alcançá-las e seguir em frente”, afirmou Ary.
Dos 53 países filiados à Confederação Africana de Voleibol, 48 mandaram representantes para o Congresso Anual, em Kigali.
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