Bernardinho ganha título do Sul-Americano de presente de Dia dos Pais
O título é do Brasil. É da seleção brasileira masculina de vôlei. Mas, neste fim de semana em especial, é de Bernardinho. O técnico da equipe que representa o país em quadra é, antes de tudo, pai de Bruninho, levantador e capitão do time que derrotou a Argentina no último sábado (10.08) e conquistou o 29º título do Campeonato Sul-Americano adulto, em Cabo Frio (RJ). A partida terminou ainda no sábado, mas a premiação e a festa no pódio começaram um pouco depois da meia-noite, quando já se comemorava o Dia dos Pais.
Para Bernardinho, ter o líder Bruninho dentro de quadra é motivo de orgulho, claro. Mas acompanhar bem de perto o ser humano que ele se tornou é algo ainda mais especial.
“Ele teve lições importantes e aprendeu muita coisa com o esporte por ter uma família totalmente ligada a isso. Mas acho que o fundamental é que ele seja uma pessoa de caráter. Se ele é um grande atleta, bom jogador, isso é secundário. O caráter da pessoa é o que realmente conta e ele tem isso muito forte nele”, afirmou Bernardinho.
Embora saiba lidar e equilibrar bem as duas funções que ocupa na vida de Bruno, em poucos momentos o técnico cede espaço ao pai orgulhoso.
“O Bruno é muito amigo dos amigos, uma pessoa correta, transparente, verdadeira e essas características são realmente importantes na vida. Como pai, eu sinto orgulho da pessoa que ele é, porque tem demonstrado ser do bem e de bom caráter. Isso é importante. Como treinador, eu acho que é um bom atleta, com margem de melhora, que não pode deixar de trabalhar e de quem vou continuar cobrando sempre. Tem sido uma satisfação trabalhar com ele”, disse o pai coruja.
Bernardinho vê semelhanças entre os dois, mas faz questão de deixar claro que Bruno consegue encontrar um equilíbrio, que considera fundamental, entre o trabalho e o lazer.
“Ele é competitivo, como eu, e sempre foi muito sério nas coisas em que se dispõe a fazer, mas consegue relaxar mais do que eu. Ele aproveita muito mais os momentos da vida fora da quadra. Eu sou mais intenso e saio muito pouco disso. A minha vida gira muito mais em torno do voleibol e das preocupações em torno do meu trabalho. Claro que tem a minha família, mas sei que poucas vezes consigo me desligar tanto como ele consegue. E isso é muito bom, porque dá um equilíbrio. Desde pequeno ele demonstrou essa qualidade de conseguir se divertir e ter a seriedade no treinamento”, elogiou Bernardinho.
Para Bruno, ser filho de alguém tão exigente e ainda ter esse pai como treinador não poderia ser melhor.
“Eu sinto muito orgulho do meu pai e não apenas pelo que ele conquistou dentro de quadra durante todos esses anos. Ele é o meu técnico e claro que é bom tê-lo nessa função por ser um profissional tão vitorioso, mas é muito importante ter o exemplo dele também fora do trabalho. Sinto orgulho pela família que ele construiu e pelos princípios e valores que sempre me passou”, concluiu Bruninho.
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