sexta-feira, 16 de agosto de 2013

GRAND PRIX: O retorno de duas bicampeãs olímpicas

Ao observamos a líbero Fabi e a central Thaísa, num primeiro momento, não vemos muitas semelhanças. Uma tem 1,96m e é uma das mais completas atacantes de meio do voleibol mundial. A outra, com 1,69, é reconhecida como uma das melhores líberos da história. Se olharmos para os títulos, isso começa a mudar. Juntas conquistaram, entre outras vitórias, duas medalhas de ouro olímpicas, títulos do Grand Prix, do Sul-americano, da Superliga, e uma série de triunfos inesquecíveis para muitos brasileiros. Nessa edição do Grand Prix, as duas cariocas, que dividem o quarto, estão vivendo emoções parecidas.
No final de semana passado, as duas voltaram a vestir camisa da seleção brasileira feminina de vôlei um ano após a conquista de Londres. O retorno à seleção foi uma surpresa para Fabi. Já Thaísa, que pediu férias depois de Londres, disse que o tempo longe foi grande demais.
“Já estava com saudades de representar meu país. Tiver que voltar aos poucos e quem me conhece sabe que não gosto de ficar sem treinar. Mesmo sem estar 100% é uma felicidade enorme estar no grupo. Estou muito motivada e sei que ainda posso evoluir e ajudar as meninas na Fase Final”, garantiu Thaisa, que afirmou ainda estar muito motivada para seu terceiro ciclo olímpico.
“Quando você ama alguma coisa você não precisa de motivação. Me sinto motivada sempre porque amo o voleibol”, disse a central, que pediu concentração para as brasileiras nos jogos da terceira etapa do Grand Prix em Almaty, Cazaquistão. O Brasil estreará na terceira fase às 6h (horário de Brasília) desta SEXTA-FEIRA (16.08). O SporTV e o Esporte Interativo transmitirão ao vivo. Ainda estão no grupo das brasileiras, as donas da casa e as holandesas.
“Depois da última fase ficou claro que precisamos entrar muito atentas em todos os jogos. Espero dificuldades essa semana porque não tem time bobo no Grand Prix. Cuba vive uma renovação, mas sempre será um jogo difícil, a Holanda se reforçou depois dos amistosos no Brasil e o Cazaquistão vai jogar em casa. Sabemos que só dependemos de nós para nos classificarmos para a Fase Final. Precisamos estar muito concentradas”, analisou Thaísa.
Fabi exalta renovação brasileiraAssim como Thaísa, Fabi garante ter vivido fortes emoções no último final de semana. O jogo contra Porto Rico, que marcou a reestreia da líbero na seleção, aconteceu exatamente um ano após o bicampeonato olímpico do Brasil em Londres.
“Fiquei exatamente um ano sem jogar pelo Brasil. O mais importante agora é ajudar. O Brasil está em um processo bacana de renovação. O segredo do voleibol brasileiro, ao longo dos anos, é ter essa mescla de jogadoras novas com experientes. Estou feliz por estar voltando e contribuindo com a seleção”, garantiu a líbero, que comentou também sobre a ansiedade antes do jogo contra Porto Rico no último domingo que acabou com vitória brasileira por 3 sets a 0.
“Ainda estou um pouco fora de ritmo, mas faz parte. Brinquei com a minha mãe antes do jogo que estava parecendo uma jogadora juvenil com frio na barriga. O engraçado é que isso nunca passa mesmo com 10 anos de seleção brasileira. Aí que você vê que ainda tem alguma coisa para contribuir. O meu pensamento é esse. Quero mostrar para as meninas novas que o amor em vestir essa camisa é muito grande”, disse Fabi.
Brasil faz o primeiro treino AlmatyDepois de mais de 16 horas de vôos, sem contar a espera em aeroportos, a seleção brasileira feminina de vôlei chegou a Almaty, no Cazaquistão na madrugada da última QUARTA-FEIRA (14.08). Já pela manhã, as brasileiras fizeram o primeiro treino na cidade sede do grupo K do Grand Prix.
O preparador físico José Elias Proença explicou o objetivo do treinamento desta manhã, que serviu para a ajudar as atuais bicampeãs olímpicas a se acostumarem a um fuso com diferença de nove horas.
“Em Porto Rico tínhamos somente uma hora a menos de fuso. Para o Cazaquistão nós avançamos nove horas. Isso mexe com o ciclo cicardiano das atletas, que significa que nós seres humanos dormimos de noite e passamos o dia acordados. Com o fuso, mexemos nisso tudo e o corpo promove algumas respostas. Por exemplo, as articulações começam a se ajustarem para responder a essa nova situação e não ficam bem alinhadas”, disse José Elias Proença, que explicou o treinamento feito na manhã desta quarta-feira.
“Fizemos um trabalho primeiro nas articulações para depois alongarmos. O objetivo era tirar a pressão delas. Tudo isso em conjunto com o trabalho feito na quadra”, explicou José Elias Proença.
O Brasil aparece na sexta colocação no Grand Prix, com 14 pontos (cinco vitórias e apenas uma derrota). A cidade de Sapporo, no Japão, receberá a Fase Final do Grand Prix entre os dias 28 de Agosto e 1º de setembro. Disputarão esta etapa, as cinco seleções mais bem colocadas na primeira fase e o Japão, já garantido por ser o anfitrião das finais.

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