quinta-feira, 17 de outubro de 2013

MUNDIAL MASCULINO DE CLUBES: Em Betim, Dante inicia sua passagem por clube japonês

Pouco mais de 18 mil quilômetros separam a pequena Itumbiara, no interior de Goiás, da terceira maior metrópole japonesa, Osaka. Mas a longa distância entre as duas cidades ficará quase imperceptível para os brasileiros fãs de vôlei, já que um dos maiores ídolos do esporte, o ponteiro goiano Dante, é o novo reforço do Panasonic Panthers, time japonês que disputa desde a última TERÇA-FEIRA (15.10) o Mundial de Clubes masculino, em Betim (MG).
Depois de ser campeão pelo RJX (RJ) na última temporada da Superliga, Dante resolveu mudar de ares e iniciou sua quarta experiência em uma equipe de fora do Brasil. E logo de cara já tem um grande desafio: estrear com o clube japonês em pleno Mundial. O torneio é novidade para o time de Osaka, fundado em 1952 e quatro vezes campeão de seu país. Já para Dante, é a segunda oportunidade de disputa, já que em 2010 o brasileiro esteve em Doha, no Qatar, defendendo o Dínamo Moscou, da Rússia.
Na primeira partida, o Panasonic Panthers foi derrotado pelo atual campeão Sul-Americano, o argentino UPCN, que tem como principal jogador o oposto brasileiro Théo, ex-companheiro de Dante no RJX. Para o ponteiro, o nível da competição é alto, e a preparação do time não foi a ideal, já que a temporada japonesa começa apenas em Dezembro.
“Nosso time está junto há menos de uma semana. Eles chegaram no Brasil na quarta passada, nosso primeiro treino foi na quinta. Tivemos três dias de treinamento coletivo, o que é muito pouco para o nível de uma competição como essa. Mas temos muito que evoluir ainda. O campeonato só começa em dezembro, então ninguém jogou nesta temporada ainda lá no Japão. Então está faltando este ritmo de jogo”, disse o ponteiro goiano.
O desafio de ser a referência do grupoAo fim da partida de estreia, o tom de Dante era alegre, apesar da derrota, já que contou com o apoio da maioria da torcida. O ponteiro ainda elogiou o desempenho de Théo na vitória do time argentino por 3 sets a 1 (20/25, 25/23, 25/14 e 25/23). Mas o que mais importa para Dante é o seu papel dentro de quadra, já que foi contratado com a missão de passar experiência para os outros atletas e ser a referência do grupo.
“Ser o mais experiente do time é, ao mesmo tempo, bom e complicado, pois você é o modelo a ser seguido, se errar, todos erram junto. Toda a experiência que eu tenho, eu tento ler o jogo de uma forma diferente. O problema está na comunicação, ainda não estou conseguindo me comunicar direito, mas com o tempo eu dou um jeito nisso”, comentou o jogador.
A ida de Dante para o Japão foi em razão da estrutura apresentada. O ponteiro já havia recebido propostas de clubes da Rússia e da Turquia, mas afirma que a intenção dos japoneses é se desenvolver ainda mais, apesar de já possuírem um projeto bem estruturado. O fato de outro ex-companheiro de seleção, o ponteiro Thiago Alves, já ter jogado lá também pesou.
“O Thiago (Alves) me passou algumas informações de lá. A gente não teve muito tempo pra conversar, mas ele só fala coisas boas de lá, que o método deles lá é impressionante. Estava mais inclinado a ir para a Turquia, mas eles me mostraram o projeto do Panasonic, o quanto o vôlei japonês quer evoluir. É um desafio importante para mim”, conta o ponteiro, que brinca com o fato de ser, mais uma vez, o mais experiente do grupo.
“Tem uns três ou quatro anos que eu sou o cara mais experiente do grupo, isso quer dizer que estou ficando velho (risos). Estou preparado, acostumado já com a esta situação. Vou levar a minha experiência para esse grupo tão jovem. Lá eles são muito rigorosos com bloqueio e defesa. Precisam aprimorar o ataque. Vou tentar passar isso para eles”, concluiu Dante.
O Panasonic Panthers está no grupo A do Mundial de Clubes, que conta ainda com oKalleh, do Irã, o UPCN, da argentina e o tetracampeão do torneio, Trentino Diasec, da Itália. É a segunda vez que este campeonato é sediado no Brasil. Em 1991, a competição foi realizada em São Paulo.

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