MUNDIAL MASCULINO DE CLUBES: Pai de primeira viagem, William quer título para a filha
No dia 9 de setembro de 2013 o levantador e capitão do Sada Cruzeiro, William Arjona, conquistou o principal título de sua vida: o nascimento de sua primeira filha, Nina. Desde então, ele, que tem um vasto currículo no voleibol, concilia a vida de jogador com a de pai. Segundo o próprio, aos 34 anos, tudo ocorreu no tempo certo.
“As coisas aconteceram como tinham que ser. Deu tempo de jogar a Liga Mundial e o Sul-Americano. Voltei e consegui ver o nascimento da minha filha. Sem dúvida, é um ano especial para mim”, afirma o atleta, que, nesta semana, tem a missão de liderar a equipe mineira na busca pelo título do Mundial Masculino de Clubes, sediado este ano em Betim (MG).
Acostumado com as rotinas de treinos e viagens, William diz que não vê dificuldades em acordar de madrugada para atender às necessidades da pequena herdeira. Mas afirma que a distância, em razão da concentração em um hotel de Belo Horizonte (MG) para os jogos no Mundial, é muito mais difícil de contornar do que o expediente noturno como pai de primeira viagem.
“Acordo de madrugada, todo mundo comenta que essa é a parte mais complicada, mas eu faço com a maior alegria, ajudo a minha esposa a amamentar. É lindo, emocionante. Ver aquele tamaninho de gente fazendo força para mamar, totalmente dependente da gente. É incrível de ver. Para mim, está sendo uma experiência sensacional. E essa semana em que estou mais longe de casa tem sido mais difícil. Fico namorando as fotos. Nunca tirei tanta foto na vida (risos)”, conta o levantador, com brilho nos olhos.
Apesar de a paternidade ser algo novo na vida de William, ele, como levantador e capitão do time, já está acostumado com a responsabilidade de ser um verdadeiro “pai” dentro de quadra e dar conselhos aos outros jogadores.
“Eu acabo assumindo esse papel. Tem que comandar, sentir o momento de cada um dos companheiros o tempo todo. Perceber quem está melhor, quem está pior, quem está passando pelo melhor momento. Acho que é um pouco natural isso. Mas ser pai de verdade só me deu mais alegria para continuar jogando”, disse William.
Expectativa para poder presentear a filha com o título inéditoE esta semana a experiência do mais novo papai do vôlei será posta à prova. O Sada Cruzeiro joga o Mundial de Clubes em casa, com o apoio da apaixonada torcida mineira, o que, na visão de William, não será uma tarefa fácil, pois o nível das equipes participantes está altíssimo.
“O nível está muito bom, as quatro equipes favoritas estão mantendo este favoritismo: nós (Sada Cruzeiro), o Trentino, o UPCN e o Lokomotiv (Novosibirsk). Acredito que não vai ter muita surpresa. O título é uma incógnita, quem estiver melhor, principalmente na questão física, já que tem o desgaste de fazer cinco jogos em menos de uma semana, terá mais chances”, comentou o atleta.
Quando perguntado se já tem alguma homenagem especial para a filha em caso da conquista do título inédito, a exemplo do que fez poucas semanas antes do nascimento de Nina, quando, então na seleção brasileira, ele conquistou o Sul-Americano realizado em Cabo Frio (RJ), o levantador afirma que ainda não há nada planejado, mas que vai deixar a sua espontaneidade falar mais alto na hora.
“Ainda não pensei em nenhuma homenagem em caso de título. Aquela que fiz quando vencemos o Sul-Americano, guardei a camisa assinada em um quadro lá em casa na sala, com a foto. Eu sou muito espontâneo, vamos ver o que pinta na hora. Quem sabe a minha mulher faz uma surpresa e a traz aqui para o ginásio, apesar de eu ter dito para não trazê-la por ela ainda ser muito pequena”, contou o capitão do Sada Cruzeiro. Resta à torcida e à Nina esperar até o dia da final para saber.
O Mundial acontece pela segunda vez no Brasil, a primeira em Minas Gerais. Em 1991, São Paulo foi o palco do campeonato. Nas últimas quatro edições, Doha, no Qatar, foi a sede do evento.
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