MUNDIAL SUB-23: Com sotaques diferentes, seleção brasileira conta com torcida diversificada
O Brasil tem diferentes sotaques e vários deles estão misturados na seleção brasileira masculina sub-23 de vôlei, que disputará o Campeonato Mundial da categoria a partir do próximo DOMINGO (06.10), no ginásio Sabiazinho, em Uberlândia (MG). O grupo de 12 jogadores tem representantes de sete estados diferentes, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Sergipe e Paraíba, e, assim, espera contar com uma grande torcida na busca pelo título da primeira edição do campeonato.
Dois deles jogarão em casa: o central Otávio e o ponteiro Lucarelli, que são de Contagem. Ter o apoio do público dos mineiros é considerado especial. “A torcida de Minas Gerais é apaixonada pelo vôlei e tenho certeza que vai prestigiar e ajudar muito a nossa seleção. Principalmente aqui em Uberlândia, que não é sempre que as pessoas têm essa oportunidade de ver a seleção em quadra”, destacou Otávio, que, além de ser mineiro, joga pelo Vivo/Minas.
Três jogadores são do Paraná, o líbero Kachel nasceu em Curitiba, o oposto Rafael, em Umuarama, e o ponteiro Lucas Loh, em Toledo. O ponteiro Ricardo e oposto Alan, que é de Nilópolis, são do Rio de Janeiro (RJ) e o levantador Fernando e o central Matheus, do Rio Grande do Sul, de Caxias do Sul e Porto Alegre, respectivamente. O Nordeste é representado por três atletas na seleção sub-23. O levantador Thiaguinho é de João Pessoa (Paraíba), o ponteiro Ary, de Pernuambuco (Recife) e o central Leandro Aracaju da cidade sergipana que lhe rendeu o apelido.
Para Thiaguinho, contar com essa mescla é muito importante. “Em primeiro lugar, aprendemos a respeitar diferentes costumes e acabamos aprendendo diariamente com os hábitos dos outros. Trocamos muitas experiências e temos estilos bem diferentes aqui. O Aracaju, por exemplo, está sempre brincando e isso é uma características das pessoas do Nordeste, os mineiro são mais quietinhos, enfim, aprendemos um pouco mais com o jeito de cada um. Isso faz com esse grupo esteja, além de bem preparado, coeso para a disputa desse Mundial”, comentou o levantador.
O técnico Rubinho também vê com bons olhos o fato de contar com jogadores de diferentes características não só dentro de quadra, como fora dela.
“É bacana porque, como o nome já diz, essa é uma seleção brasileira. Temos aqui um mix de jogadores de diferentes regiões e isso é muito interessante, já que o Brasil é uma miscelânea e tem muitas influências. Acho que essa mescla que temos na equipe é um retrato do nosso país, que mostra realidades diferentes, mas que propõe uma oportunidade de inteiração dessas culturas. Isso faz com que os jogadores do Sul tenham um fortalecimento da cultura nordestina e vice-versa. Isso é maravilhoso, pois cria uma admiração e respeito que são importantes para que o país se torne grande. É uma miscelânea que dá certo”, declarou Rubinho.
Com o grupo mesclado e bem preparado, o Brasil estreia no Mundial Sub-23 no domingo, às 19h, contra a República Dominicana, no ginásio Sabiazinho. Os ingressos custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia-entrada) e dão direito ao dia inteiro de partidas – desde que o torcedor não saia do ginásio. O primeiro dia de competições terá início às 9h com o confronto entre Rússia e México. Depois, às 11h30, jogam Sérvia e Venezuela; às 14h, Austrália e Irã; às 16h30, Argentina e Tunísia e, depois do jogo da seleção brasileira, haverá o último confronto do dia, a partir das 21h30, entre Bulgária e Egito.
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