MUNDIAL SUB-23: Ricardo Alexandre e Ricardo Lucarelli buscam inspiração em Ricardinho
Estar no Aryzão, o Centro de Desenvolvimento do Voleibol, em Saquarema (RJ), é uma motivação natural para os jovens atletas. Treinar diariamente ao lado de grandes ídolos, com todas as seleções integradas, em uma estrutura ideal para o trabalho, é algo desejado por qualquer jogador. E, no caso de Ricardo Lucarelli e Ricardo Alexandre, a inspiração está até mesmo dentro do quarto. Os ponteiros da seleção brasileira sub-23 masculina, que se prepara para o Mundial, de 6 a 13 de outubro, em Uberlândia (MG), estão empolgados com a predominância dos “Ricardos”, já que estão hospedados no cômodo que leva o nome do ex-levantador da seleção brasileira, Ricardinho.
“Aqui no Aryzão todos os quartos prestam uma homenagem a algum jogador e tem a plaquinha na porta. Nós dois caímos no quarto do Ricardinho. É muito Ricardo junto”, brincou Ricardo Lucarelli, jogador do Sesi-SP e que, aos 21 anos, trás uma memória importate sobre o jogador. “O Ricardinho revolucionou o voleibol com o estilo que ele imprimiu dentro de quadra, com um jogo muito rápido, que todas as equipes do mundo passaram a copiar. É um craque de bola e, claro, uma referência e um ídolo para qualquer jogador”.
Ricardo Alexandre, de 22 anos e jogador do São Bernardo Vôlei, também tem motivos para se orgulhar por apenas ocupar o quarto que leva o nome do ídolo. “Eu comecei a jogar vôlei por influência daquela seleção campeã olímpica em 2004, onde o Ricardinho era um dos principais líderes. Tentei pegar um pouco da personalidade forte dele de encarar o adversário e de sempre honrar a camisa da seleção brasileira e levar isso comigo para a quadra. Acompanhei muito aquele time de 2004, que ficou marcado na minha vida”, disse o ponteiro.
Os jovens “Ricardos” estão na reta final de preparação para a primeira edição do Mundial Sub-23. Esta é a última semana de treinos “sob a guarda” de Ricardinho, já que, na próxima segunda-feira (30.09), a seleção já viaja para Uberlândia para alguns dias de trabalho no ginásio Sabiazinho, onde vai ser disputada a competição.
Acostumado a disputar competições deste nível depois de jogar mundiais pelas seleções infanto-juvenil e juvenil e de ter defendido o Brasil na Liga Mundial deste ano, Lucarelli sabe da dificuldade que o grupo enfrentará. “Estamos bem confiantes. A equipe está treinando muito bem, mas sabemos que os jogos sempre são diferentes. É um Campeonato Mundial e isso é sempre preocupante. De qualquer forma, estamos com um grupo bem preparado, maduro e pronto para jogar”, garantiu o ponteiro brasileiro.
Ricardo acredita que a maturidade do grupo vem da responsabilidade assumida durante a Superliga, considerada uma das competições mais fortes do mundo. “Vários desses jogadores que estão na seleção sub-23 já têm destaque nos seus clubes e isso é muito importante para chegarmos com uma carga de experiência boa no Mundial. Vamos fazer de tudo para chegar na final e buscar esse título para o Brasil”, disse Ricardo, que disputará seu primeiro mundial. “Fiz parte das seleções infanto e juvenil, mas fui cortado antes dos campeonatos. Claro que o primeiro Mundial gera um pouco de ansiedade e vai ser uma honra muito grande”.
Muito em comumAlém de dividirem o quarto e de terem o mesmo nome, Ricardo Alexandre e Ricardo Lucarelli têm mais um ponto em comum: o técnico Rubinho. O primeiro foi treinado por ele no clube, São Bernardo Vôlei, na temporada passada, e o segundo trabalha com ele também na seleção adulta, onde Rubinho é assistente de Bernardinho. Ambos são só elogios ao comandante da seleção brasileira sub-23.
“O Rubinho tem um estilo parecido com o do Bernardo, mas ele trabalha de uma maneira um pouco mais tranquila. É um cara que conversa bastante com a gente. É muito estudioso e fala bastante sobre estratégia de jogo”, comentou Lucarelli.
Ricardo Alexandre é agradecido ao treinador pelo grande aprendizado no clube. “O Rubinho é extremamente profissional e a passagem que tive com ele no São Bernardo foi muito importante para o meu crescimento. Agora, estar trabalhando com ele na seleção está sendo muito bom também”, finalizou o jogador do Brasil.
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