quinta-feira, 12 de setembro de 2013

VIVAVÔLEI: Programa chega a Itaboraí

O prefeito da Itaboraí, Helil Cardozo, deu a “sacada” inicial no evento de lançamento do programa Viva Vôlei, na manhã do último domingo, na Praça Marechal Floriano Peixoto, no centro da cidade. O programa da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), de iniciação ao esporte, é realizado em parceria com a Prefeitura, e tem o objetivo de educar e socializar meninos e meninas de 7 a 14 anos, por meio da atividade esportiva.
Abraçado ao pequeno Maruan Arêas, 7 anos, Helil Cardozo elogiou a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer pelo trabalho que vem desenvolvendo em prol da cidade.
“Temos que dar uma atenção especial a nossas crianças, eu as enxergo como presente, e não apenas como o futuro. Assim, se tratarmos bem hoje, elas terão um futuro promissor”, afirmou Helil.
No alto dos seus 1,98 m de altura, o integrante de uma das duplas da seleção brasileira de vôlei de praia, Thiago Barbosa, 30 anos, natural de Itaboraí, participou da festa de lançamento do Viva Vôlei na cidade. Ele destacou a importância de um projeto como este na vida de uma criança.
“Comecei minha vida esportiva aqui mesmo nesta praça, na quadra poliesportiva. Porém o mais importante não é apenas o esporte, e sim, a educação, que nos torna pessoas melhores”, disse o campeão do Circuito Sul-Americano de vôlei de praia 2012/2013, ressaltando que seus pais ainda moram em Itaboraí.
Com diversas redes montadas na praça e o acompanhamento de professores, dezenas de crianças puderam ter contato com a prática vôlei e aprenderam alguns conceitos básicos do esporte, como saque, manchete e bloqueio. Larissa de Almeida, 13 anos, estudante da Escola Municipal Genésio da Costa Cotrim, na Reta Nova, vê um sonho se tornar realidade.
“Sempre tive vontade de jogar vôlei, e assim que soube do programa, me animei a fazer parte”, disse a jovem.
O secretário municipal de Esporte e Lazer, Sérgio Gil, ressalta a seriedade do Viva Vôlei, que visa formar cidadãos de bem, e não apenas atletas.
“Esta parceria com a Confederação Brasileira de Vôlei tem o intuito de realizar a inclusão social para alunos e comunidade como um todo”, lembra o secretário.
Ainda segundo Sérgio Gil, estão previstos, por meio do programa, mini-torneios, passeios e visitas ao Centro de Treinamento de Vôlei da CBV, em Saquarema, entre outras atividades.
“Nosso objetivo é ampliar gradativamente o número de núcleos, beneficiando assim mais crianças. Além disso, vamos focar em outros esportes, diversificando as atividades no município, como por exemplo, o basquete e o handebol ”, completa Sérgio Gil.
Cada uma dos cinco núcleos de Itaboraí está preparado para atender, inicialmente, 200 crianças. O programa vai funcionar nas escolas municipais Prefeito Milton Rodrigues Rocha, em Areal; Genésio da Costa Cotrim, na Reta Nova; Profª Marly Cid Almeida de Abreu, em Nancilândia; Clara Pereira de Oliveira, em Nova Cidade e o Ginásio Carlos Castilho Bonan Tiberto, em Manilha.
As aulas, oferecidas gratuitamente aos estudantes e à comunidade em geral, de 7 a 14 anos, serão realizadas duas vezes por semana, com duração de 1 hora cada, e serão ministradas no contraturno escolar. Estar matriculado na escola é requisito fundamental para quem quer participar. Ao todo, serão dois professores capacitados por núcleo.
Representando a CBV, o professor capacitador Maurício Barros elogiou a iniciativa da prefeitura de Itaboraí em resgatar o Viva Vôlei.
“Esse programa é uma forma de contribuirmos com a sociedade. Realizamos a capacitação dos professores, para que o vôlei seja trabalhado de maneira adequada, em uma metodologia que visa deixar a criança feliz e ocupada, evitando, por exemplo, o mundo das drogas”, frisou Barros.
Fã de carteirinha da jogadora dea Seleção Brasileira Sheilla Castro, a estudante Fernanda Fonseca, 16 anos, não se conteve de emoção ao ser convidada junto a suas amigas de time, por Maurício Barros, que também é treinador do Vasco da Gama, para conhecer o clube e, quem sabe, integrar a equipe. Fernanda e suas amigas foram campeãs, no último sábado (07), do Campeonato Municipal de Vôlei, no Colégio Estadual Visconde de Itaboraí (Cevi), contra a equipe da Escola Estadual Odete Sampaio.
“Eu comecei no programa Viva Vôlei, e tomei gosto pelo esporte. Espero que este convite possa abrir novas portas e me proporcionar novos caminhos, para, futuramente, tornar-me uma jogadora de vôlei profissional”, comentou a moradora de Jardim Imperial.
As inscrições para o Viva Vôlei em Itaboraí podem ser realizadas a partir desta segunda-feira (09/09) diretamente nos núcleos. Basta a criança comparecer com certidão de nascimento, foto 3x4, atestado médico, declaração escolar (que não precisa ser necessariamente no colégio-núcleo) e assinatura do responsável.
O evento de domingo contou, ainda, com diversos serviços oferecidos à população. A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social forneceu orientações sobre o Bolsa Família, o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e a Coordenação da Juventude. Já a Secretaria de Saúde distribuiu de kits de higiene bucal, enquanto o Sistema Nacional de Emprego (Sine) cadastrou currículos da população. O Conselho Tutelar também participou da ação, divulgando a campanha sobre o enfrentamento à violência sexual infanto-juvenil. Durante o lançamento do Viva Vôlei, a Casa Heloísa Alberto Torres, sede da Fundação Cultural de Itaboraí (FCI), ficou de portas abertas com a exposição “Santo Antônio de Sá: a primeira Vila do Recôncavo da Guanabara”, do Museu Nacional.
O Viva VôleiO projeto foi lançado em 1999, pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV). Em 2003, foi criado o Instituto Viva Vôlei para gerenciar o programa, que tem a chancela e o apoio institucional da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O Ministério da Justiça, por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública, integrou o Viva Vôlei ao Plano Municipal de Ordem Pública, como atividade de prevenção à violência e de integração social da criança e do adolescente.
Atualmente, são 75 centros em atividade no país, atendendo cerca de 30 mil crianças e adolescentes de comunidades carentes em 13 estados brasileiros, gerando aproximadamente 350 empregos diretos e indiretos. O Viva Vôlei é responsável por ceder todo o material técnico, assim como realizar a reposição periódica conforme a demanda, e supervisionar os núcleos, a forma de treinamento e capacitar os professores, sendo estes profissionais cedidos pela Prefeitura.

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