A terceira fase das avaliações para formação das seleções brasileiras infanto-juvenis terminou nesta QUINTA-FEIRA (01.03), no Aryzão, o Centro de Desenvolvimento do Voleibol, em Saquarema (RJ). Sob observação dos técnicos Maurício Thomas e Percy Oncken, cerca de 40 jovens com média de 16 anos tentam uma vaga nas seleções feminina e masculina da categoria.
Essa foi uma fase mais refinada, já que contou com jovens selecionados das duas primeiras avaliações, também realizadas no Aryzão. O treinador da seleção masculina demonstra confiança em relação a este grupo.
“Nesta avaliação contamos com os melhores das duas primeiras fases. Foram dias de ótimo trabalho e posso dizer que temos grandes possibilidades de ter garotos convocados deste grupo que esteve com a gente nesta semana”, afirma Percy Oncken, que ressalta que o trabalho ainda é longo.
“Vamos observar muitos meninos por todo o país. A partir da semana que vem começamos a viajar para novas fases de avaliações e isso é fantástico, pois diminuímos a nossa probabilidade de erro na hora da convocação. Ter essa chance que a CBV (Confederação Brasileira de Voleibol) está nos dando de poder conhecer garotos de todo o Brasil é fundamental na nossa decisão”, garante o treinador da seleção infanto-juvenil masculina.
Um dos atletas observados por Percy Oncken foi o levantador Lucas, que, aos 16 anos, tem 1m97. Lucas é paulista, joga vôlei há dois anos e meio e, depois de atuar um ano como ponteiro na Hebraica, fez a peneira do Sesi, em 2011, já como levantador. A mudança foi bem recebida.
“Eu era ponteiro no infantil e improvisava de levantador no infanto. Troque de posição e gostei bastante. Poder comandar o jogo é muito interessante. Como levantador, tenho que ser o cérebro do time e isso me motiva bastante. E acredito que a altura também vai me ajudar no futuro”, diz Lucas, que participou dos treinos com a seleção infantil, no ano passado, mas foi cortado antes do Sul-Americano. “Aprendi muito com o Percy e, dessa vez, o objetivo é ficar no grupo infanto”, afirma Lucas.
Herança paterna
Entre as meninas que estiveram até esta quinta-feira, no Aryzão, duas se destacam. Uma por um motivo conhecido. Giulia, de 15 anos e 1m84, é filha do bicampeão olímpico Giovane Gavio. Carregar esse sobrenome não representa nenhum peso para a jovem atleta, que atua como ponteira.
“Falo sobre tudo com o meu pai, mas principalmente sobre vôlei. Somos amigos e nem pensei em não usar o Gavio”, garante Giulia, que pretende estar na próxima convocação para a seleção infanto, mas afirma que, antes disso, procura aproveitar a oportunidade.
“Tento pensar no momento e fazer o meu melhor agora. Só de estar aqui nesse centro de treinamento onde passaram tantas personalidades, dá muita vontade de chegar onde elas estiveram. Passar pela quadra da seleção masculina e ver a foto do meu pai me deixa muito emocionada”, conta Giulia.
Outra jogadora chama a atenção no grupo avaliado pelo técnico Maurício Thomas. Aos 16 anos, a central Marina mede 1m93. Filha da ex-jogadora de vôlei Sílvia Trabulsi e do ex-jogador de basquete Joel, a atual representante da família no esporte pretende chegar longe.
“Na nossa casa, todos sempre fizeram esporte. Já fiz ginástica olímpica e natação, mas, desde que decidi que preferia tentar carreira no vôlei, o meu sonho é disputar uma edição de Jogos Olímpicos e quero estar pronta para defender o Brasil no Rio de Janeiro, em 2016”, destaca Marina.
A próxima fase de avaliações sob o comando das comissões técnicas das seleções brasileiras infanto-juvenis será na próxima semana, no Rio Grande do Sul.
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